As relações de trabalho mudaram muito nas últimas décadas, em especial, nos últimos anos, com o apoio dos avanços tecnológicos. Uma dessas transformações foi o conceito que é conhecido no Brasil como home office (em tradução livre: escritório em casa), o trabalho remoto e, a mais recente tendência no mundo, o officeless (em tradução livre: empresas sem escritório).
O home office nada mais é do que você trabalhar de casa, mas isso não quer dizer que você precisa estar na sua casa, por isso, surgiu o trabalho remoto. Ele é mais preciso, uma vez que você pode trabalhar de qualquer lugar em que estiver. Só precisa de acesso à internet (provavelmente).
Para entender como surgiu e como funciona esse conceito de officeless para a empresa, precisamos conhecer o caminho que nos levou até ele.
O primeiro passo: Home Office
O home office, com certeza, foi o primeiro passo para o conceito de uma empresa officeless. Esse novo modelo permitiu que os colaboradores realizassem as suas obrigações do conforto do lar, adequando a sua rotina para acomodar seus compromissos pessoais e a família.
Isso foi um desafio para muitas pessoas durante a pandemia, que precisavam lidar com crianças em casa fazendo aula online, tarefas domésticas e a carga de trabalho que não diminuiu. Mas, muitas pessoas conseguiram se adaptar, as crianças voltaram para a escola e o colaborador foi entendendo o que precisava mudar para melhorar.
Embora o modelo já existisse, não era muito comum ver os colaboradores trabalhando de casa sem algum motivo específico, por mais que algumas empresas, como a 4One, já disponibilizassem essa opção.
Com a pandemia do COVID-19, a maioria das empresas precisou adotar o home office sem nenhum preparo, de maneira emergencial. Isso trouxe uma dificuldade maior tanto para os colaboradores quanto para as organizações que precisaram aprender conforme as necessidades e desafios apareciam.
E, mesmo assim, muitas dessas empresas descobriram os diversos benefícios que esse modelo apresenta, tanto que muitas optaram por abrir mão dos seus escritórios físicos e implementar, de maneira definitiva, o home office. Já outras empresas, vendo as vantagens do home office, optaram por fazer um modelo de trabalho híbrido, ou seja, alguns dias o colaborador trabalha de casa e outros vai para o escritório.
O caso da 4One foi o primeiro, embora a gente já pudesse trabalhar de casa, abrimos mão do nosso escritório em Curitiba e adotamos de vez o home office, agora temos pessoas do Brasil inteiro e até algumas em outros países.
E é assim que uma empresa se torna officeless: quando a empresa abre mão do seu escritório físico e implementa o modelo 100% home office. É daí que surgiu o conceito.
Officeless: o futuro do mercado
Mas, o conceito officeless não é apenas o trabalho remoto, não é uma ação específica e pontual de apenas abrir mão do espaço físico da empresa. É uma transformação para uma mentalidade mais flexível e inovadora.
Neste contexto, o colaborador tem toda a estrutura que precisa para realizar o seu trabalho de onde quiser – em casa, de um café, do outro lado do mundo, na praia, não importa. Há um preparo, tanto da parte do colaborador, quanto da liderança e da empresa. Isso tudo para extrair o melhor do trabalho feito a distância.
A mentalidade do officeless
Existem três pilares principais para o trabalho officeless funcionar: autonomia, confiança e propósito. É importante que os colaboradores tenham liberdade para realizar as suas funções, tendo espaço para colocar em prática os seus planos pessoais e com a garantia de que vão cumprir as suas responsabilidades, qualquer seja o lugar físico de trabalho.
O home office ainda está atrelado ao modelo convencional do trabalho físico, com horários e locais específicos, já o officeless aproveita a tecnologia para quebrar esse paradigma, abrindo várias possibilidades e a chance de construir um relacionamento mais aberto com os times.
Isso significa uma mudança na mentalidade da liderança de cada um dos setores e dos gestores da organização como um todo, aprendendo a dar mais espaço para os seus colaboradores agirem com autonomia – isso é o completo oposto de microgerenciamento, por exemplo.
Conheça as vantagens e desvantagens do modelo officeless
Claro que como qualquer outro modelo existem vantagens e desvantagens que a empresa precisa lidar ao implementar o modelo officeless.
Vantagens do modelo Officeless
Entre os benefícios desse modelo, podemos citar:
- Desenvolvimento do sentimento de protagonismo
- Equipes mais responsáveis
- Incentivo ao autogerenciamento dos colaboradores
- Mais flexibilidade de horário
- Melhor qualidade de vida dos colaboradores
- Desenvolvimento de autonomia, adaptabilidade e flexibilidade
- Aumento da felicidade entre os colaboradores
- Trabalhar de qualquer lugar
- Controle sobre as suas próprias horas
- Menos gastos com restaurantes o que gera menos gastos para a empresa
- Sem perder tempo no transporte até o trabalho e depois a volta para casa
- Mais tempo em família ou para você
- Esse é o futuro do mercado
- Pessoas de todo o Brasil trabalhando na mesma empresa
Existem muitos outros que não citamos, mas esses são alguns dos principais tanto que a empresa vai sentir quanto que o colaborador vai perceber.
Desvantagens do modelo Officeless
Entre as desvantagens desse modelo, estão:
- Colaborador com a sensação de que está sempre no trabalho
- Falta de convívio com os colegas de trabalho e muitas vezes união entre eles
- Internet que nem sempre funciona
- Distrações
- Falta de contato no dia a dia
- Falta da conversa informal em que o colaborador pode tirar uma dúvida chamando alguém sem precisar marcar uma reunião ou usar os meios de comunicação
Uma das maiores dificuldades do home office foi o meio de comunicação, como se comunicar com as pessoas de um jeito eficaz. Por isso, muitas ferramentas foram adotadas, e a tecnologia nos ajuda a resolver esse problema.
Descobrir maneiras melhores de se comunicar não é um problema que tem uma solução, aqui na 4One estamos sempre pensando em novos jeitos de otimizar as conversas e os processos.
Encontramos alguns sistemas que nos ajudam muito:
- Loom: uma ferramenta em que você grava um vídeo manda para a pessoa e ela assiste quando pode ou quer;
- Discord: uma ferramenta muito completa de comunicação;
- Click Up: aplicativo em que todas as tarefas ficam listadas e o colaborador sabe o que precisa fazer naquele dia.
O mais importante é que a sua empresa entenda essa mudança de mentalidade, conheça as vantagens e as barreiras de um modelo como esse e descubra novas formas de se comunicar que façam sentido para ela.
Afinal, o que funciona para uma organização pode não funcionar para outra e vice-versa.
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